Bem Vindo!

"somos todos bizarros,

e isso é que nos torna normais, pois a arte de

ser bizarro é jamais cometer a loucura de ser um

sujeito normal."























































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domingo, 19 de dezembro de 2010

Nosso Texto de formatura...

Descobrimos que os melhores momentos da vida encontram-se nas coisas mais simples, nos momentos mais simples, e se tornam especiais por estarmos acompanhados de pessoas especiais... e hoje é um desses momentos.
Foram anos e anos de convivência;  alguns de nós passaram mais tempo na escola do que na própria casa, compartilhando uns com os outros muito mais do que conhecimentos contidos em livros.
Infelizmente nossa jornada escolar acabou, alguns estudam juntos desde o maternal, outros entraram na escola no ensino fundamental, no ensino médio novos alunos entraram para fazer parte dessa historia. Muitos passaram por esta turma que hoje se forma, mas somos nós onze que formamos a família 3ª E.M. de 2010. Não somos apenas colegas como nos primeiros dias de aula e sim irmãos uns dos outros. Hoje podemos dizer: Somos uma família. Porque só nós sabemos o quanto cada dia desse ano foi importante para nós.
Aprendemos a fazer valer a responsabilidade. Responsabilidade com nossas palavras, com nossas atitudes... com toda a nossa vida, enfim. Responsabilidade, ao contrario do que muitos dizem, é liberdade. Liberdade de escolher nosso próprio caminho. Escolher o destino. O futuro. Nossa escola nos preparou para isso, nos dando amor, paz e saber; como exemplo daremos ao Brasil tudo aquilo que o Brasil precisa ter.
É importante não esquecermos dos grandes professores que tivemos, que não só se preocuparam em cumprir suas obrigações profissionais, mas souberam defender a qualidade dos ensinamentos. Cada um com sua abordagem e sua filosofia de vida. Professores, somos sinceramente gratos.
Não fomos mais uma turma de alunos que passaram despercebidos pela escola, pelo contrario, nunca ficávamos calados diante das situações, sempre íamos além do que esperavam, até mesmo sem razão continuávamos a debater. A primeira professora que perturbamos foi a Rosinete, apesar de tudo, nunca iremos esquecer das suas orações antes de iniciarmos as aulas. Aaaah! Claro, como não esquecer do professor Paulo Taveira, sempre tínhamos medo dele, mas sua inteligência nos fez aprender muito além da química. Sempre nos revoltávamos nas aulas de filosofia, o Filipe achava até que o professor Carlinhos inventava coisas quando não tinha mais nada para falar. Não adiantava discutir com ele, porque ele sempre ganhava pelo nosso cansaço de ficar o escutando.
Não iremos esquecer do professor Marcos sempre com seus avisos: “Lili te interessa”, e sua preocupação “ Thalison; ta entendendo?”. Professora Xirle, sempre modesta, nunca nos disse que era cantora, que tem vaaarios Cds gravados, que é irmã do AD Santos, e que coordena um grupo de Jovens escoteiros da igreja adventista, maaaas como ela carinhosamente nos chama, NÓS SOMOS UMAS PESTES e descobrimos tudo!
As aulas de inglês sempre fazia-nos refletir, a turma esperava ansiosa aos cinco minutos antes de acabar a aula para escutarmos as historias sabias do professor Marcelo. Os projetos da professora Juliana sempre promovendo a interação dos alunos com a comunidade, e foi ela também que nos ajudou a vivenciar uma semana de aventura em Salvador.
Professor Wilson, fez compreendermos uma parte da historia. aaah! Também não vamos esquecer que era ele que seeempre passava gripe ao resto da turma. A Professora Laudineia com dedicação nos ensinou como se fazer uma boa redação, com sua insistência éramos obrigados a refazer nossos textos ateeé que ficassem bons. Sempre nos incentivando a leitura sorteado livros entre os alunos.
Devania, ou melhor, Vossoroca, como a chamávamos ocultamente, sempre acreditava em nossas historias mirabolantes, como por exemplo, acreditou que o pai do Ronay era um traficante. E como não citar o professor Victor, que por amor a biologia incorporava os animais em sala de aula.
Como não esquecer da nossa querida professora Francielle, que nos ensinou a compreender melhor a física. JAMAIS esqueceremos sua frase: “ ESTUDEM OU VOCÊS VÃO SE RODAR”. E o professor Elton, que nos fez virar jornalistas por 10 minutos.
Professores, obrigado por fazerem parte da nossa jornada.
Nesses anos vivemos grandes aventuras, sempre comemorávamos os aniversários, fazíamos festinhas surpresas; quando as coisas ficavam tediosas íamos para o nosso ponto de encontro, que era a casa da Layla comer bolo de cenoura, ou coxinha de FLANGO, como ela mesma dizia. 2010 começou alegre, na primeira oportunidade fomos ao circo, naquele dia o pequeno carro do Filipe coube 15 pessoas, fomos a sítios, fizemos churrascos, aproveitamos ao Maximo. A final, era nosso ultimo ano juntos.
Dentro da escola não era diferente, temos varias historias; já colocamos laxante na água dos professores, pegávamos seus livros respondidos na biblioteca. Alguns como Thalison e Renata pulavam o portão do parquinho; sempre rolava luta livre na sala entre o Emerson e o Arthur; em toda aula tinha discussão, inúmeras vezes Carol Ceretta jogava livro, caderno e tudo que via pela frente no Arthur. Aaah! Claro, sempre tinha a Lili criando suas musicas sem sentido, sem contar o dia que ela foi para a escola no feriado, E quando ela chegou na escola com a calça do avesso? Nossa! Foi uma piada!
E agora quem é que vai comprar o lanche do Thalison na faculdade? A Layla era responsável por comprar o lanche dele, todo dia ela estava na fila para comprar o seu lanche. Falando nele... o mesmo era quem seeempre colocava lenha nas brigas. Renata e Tassia vão fazer muita falta com as brigas para ver quem iria desligar a luz da sala, usando essa desculpa para ver o “tio Carlinhos”. E a Tassia com o seu amor platônico pelo professor de filosofia. Aproposito... Ela que nos dava aula de sexologia... e nos comprava com balinhas.
Carol Britto, a noveleira da sala, que interrompeu a aula de literatura para contar a historia de Serena. Tínha um relacionamento com o Filipe, o nosso Tony Ramos, eles não se desgrudavam, será que sai casamento dos dois? Se tiver, tem que convidar a turma toda. Gustavo não está presente, mas não tem como esquecermos dele, acredito que todos lembram quando ele tacou uma mega borracha na Carol Ceretta, e felizmente acertou o vidro da janela que fez um buraco bem grande. Alem disso era considerado o menino desastre, sempre quebrava tudo.
E o que falar da Layla? Sempre do contra. Nunca vi igual! Todo mundo concordava com uma idéia, mas como dizia o Thalison: sempre tinha a chata da Layla para causar a discórdia. A Mayara mal entrou na escola e foi recebida com uma brigada do Emerson e do Arthur. A Mayara é do tipo quieta, que só falava quando tinha certeza.
O que falar da Renata? Tadinha... sofria buling. Haaa!  Colocamos tantos apelidos, como: “a menina que roubava livros”, “a estranha”, “super choque”, “restart”, “BDN”, “renata012”... haa são tantos apelidos que não iriam caber nessa folha. Ah! Como não esquecer do vicio do corredor e porta que essa menina tinha. O Emerson, o Anti social, não tirava fotos, não ia em nossas reuniões, mas era fácil de lidar. Acredito que todos gostam dele.
A Sandrinha, digo... o Arthur metido a esperto, se achava o intelectual, porém só falava abobrinha o dia todo. E Carol Ceretta sempre convicta, falava para a turma: “UM dia vou ganhar um premio Nobel e esfregar na cara de todos”, o único que acreditava nessa historia, ou melhor, ela ACHA que acredita é o Thalison.
Eu (Carol) e Renata éramos as esquizofrênicas, falávamos com as plantas e jogávamos beijos para o sol sempre que a hora era igual aos minutos.
Não viemos aqui dizer que tudo foi sempre uma perfeita maravilha, que todos se amavam e que ninguém falava de ninguém. Isso não é verdade. Muitos erros tivemos que cometer para acertar e chegarmos até aqui. Muitas vezes foi brigando que conseguimos entender certas coisas. Hoje percebemos que esse tempo se foi e não voltará jamais; poderá haver outras reuniões, churrascos, mas assim, como foi até hoje não haverá mais.
Gostaríamos de enfatizar que esse momento não é um momento de triste porque nos despedimos. Não; esse é um momento de reflexão, de aceitação. De olhar para a frente. O momento de admitir que a vida de cada um de nós é feita de fases. Tudo muda. O mundo muda; mudamos nós. Amadurecemos, e não envelhecemos, só envelhece quem quer. Nossas prioridades mudam e mudarão; nossa leitura de mundo, também. Devemos não nos entristecer porque as coisas acabaram, e sim agradecer PORQUE ELAS EXISTIRAM.
Nada aqui acabou. Muito pelo contrario. Esse é tão somente o começo, o ponto de partida para uma geração com vontade e disposição para mudar as coisas. Mudar a própria Sina, mudar a realidade que nos cerca. Chegou a vez dessa geração, da nossa geração, mostrar para o mundo lá fora que tipo de ensinamento que recebemos. Chegou a hora e a vez de mostrar nossa cara, nossa cara de orgulho por ter sido aluno da Escola Nova. Ou melhor, uma vez alunos ENP sempre ENP.
Enfim, não precisamos nem dizer que sentiremos saudades, ou melhor, muita saudade... mas hoje, quando chegarem em suas casas meus amigos, enxuguem as lagrimas e pensem: “ Caramba! Foram os melhores anos da minha vida, com as melhores pessoas que já conheci.” SIM! Tudo isso valeu muito apena.

Por: Carol Ceretta; Renata Oliveira e Thalison Correa